{ A lista das atitudes mágicas }


  • Levante-se cedo quando a casa ainda dorme, procurar um lugar arejado e inspirar o ar o mais profundo que conseguir, então será o começo do dia. Sopre o ar de volta na primeira árvore que lhe chamar atenção.


  • Caminhe em um lugar seguro, olhando para o céu e conte o máximo de nuvens que conseguir ou o tanto que quiser, conte até dez e diga o nome de alguém querido. Escreva uma carta para esta pessoa e diga que ela veio das nuvens. 


  • Visite alguém especial e dê a ela fragmentos de sua energia, dê seu sorriso e suas memórias. Combine com ela, toques mágicos como: cabelo, mãos e pés. 


  • Sente-se em um Café, tome um livro nas mãos, finja lê-lo e observe as pessoas atentamente. Anote em uma caderneta algumas expressões ou atitudes que lhe chamarem atenção. 


  • Abrace alguém espontaneamente sem que ela perceba, assim como um susto bom. Certas vezes algo inesperado é algo magnifico e a alma jamais esquece. 


  • Sorria para alguém que não conheça ou faça uma linda fisionomia para alinhar as boas energias entre as almas. Depois vire o olhar e continue a caminhar. 


  • Escreva suas principais qualidades em uma folha avulsa, uma lista de no minimo 7 qualidades, enrole e coloque em uma caixinha e guarde-a. Quando estiver se sentindo ruim consigo, abra-a e leia em voz alta.


  • Conte um segredo mágico sobre coisas mágicas. - você pode criar estórias 


  • Escreva em uma folha ou caderno palavras calmas, bonitas e alegres. Pinte ou decore e presentei-e alguém. Não esqueça de uma dedicatória e no final escreva: "Faça algo para uma pessoa especial sem me incluir e presenteie-a". 


  • Durma até mais tarde algum dia, e na madrugada crie algo diferente, guarde-o em um lugar seguro por uma semana e presentei-e alguém que goste como um presente. Durante a semana anote sobre os sete dias, pensamentos bons e inclua na criação

{ Sobre almas Distantes }

Sou uma criatura de vestes antiquadas, que anda devagar até um lugar onde eu possa me esconder. Sou um pequeno ser de olhar cansado que insiste em querer ver nas entranhas da terra outras formas de vida. Sou um pequeno ser que encontra-se perdido pois o mundo não consegue entender o porquê deu sempre desaparecer. Sou a criatura que ao levantar nas manhãs chuvosas, tentar capturar os trovões em frascos de vidro afim de torna-los amigos, pois eles me poem medo. Sou assim, bem pequena. Não sou tão notada e sou silenciosa. Costumo doar palavras sem medo, aquelas palavras despejadas de afeto. Mas somente isso. As falas calmas que saem de mim são grandes e as falas firmes não existem. Estou caminhando lentamente para ver o lago distante que aguarda a visita de seres distantes. Talvez seja um problema grande não conseguir permanecer junto das pessoas por muito tempo. Para os estudiosos de comportamento, deveras é um problema. Já eu não o considero, é apenas o silêncio. A calmaria de uma criatura que não vive nas entre aspas humanas.

Na biblioteca mais cobiçada da cidade, alguns entram e saem apenas para algo de rotina, ou nada por assim dizer. Não sentam apenas para observar as expressões humanas, e isto é um feito brilhante. Alguns apenas entram para comprar livros, justo... muito justo. Pegam alguns e saem. Batem a notinha na portaria e voltam para casa. As manias e tiques das almas distantes muito me agradam, elas estão tão próximas do que sou que quase não as noto, pois não as encontro com facilidade. As raras exceções, aquelas criaturas que se nota uma certa estranheza, para mim é motivo de celebração intrínseca ao tempo que posso escrever variadas histórias na minha mente sobre pessoas desconhecidas. 

Do lado de fora da biblioteca há uma avenida extensa onde carros passam todo o tempo e há uma grande mancha no meu silêncio pertinente. Ao transitar pelas ruas, qualquer buzina ou barulho alto de alguma coisa qualquer causa-me efeitos esquisitos. Sempre olho para todos os lados e minhas mãos soam. Efeito urbano causa-me um desconforto exagerado. Volto rapidamente para onde estive, do segundo andar da biblioteca cujas paredes não há, todos são vistos do lado de dentro e todos são vistos do lado de fora. Eu vejo aqueles que estão com olhos fitados nos livros e parecem não estar. São cativantes. Vejo aqueles que transitam entre as estantes de livros empilhados, estes são os caminhantes. São interessantes. E há aqueles que sentam no ultimo cantinho do ambiente, longe da vista de todos e não parecem ler e também não parecem escrever. Aquelas que pegam sempre mais de um livro e empilham fazendo a si próprio uma estante. Aquelas que ao passar alguém por perto desvia a atenção por segundos só para observar expressões. Que quando leem algo novo, leem novamente e depois leem em si e nos outros. Aquelas que entraram sobre efeito de silêncio e saíram em silêncio. Estas raras pessoas distantes. Elas possuem um mistério que cerca qualquer expressão das quais façam. São fascinantes. 

As pessoas poderiam interpretar tais seres como eu os vejo, mas não é assim que ocorre. Eu os noto em qualquer ambiente que eles possam estar, pois vibram na mesma onda que me encontro ao por elas passar. Mas as almas distantes são assim, por assim dizer... Distantes. O meu sorriso é leve e minhas expressões de sentimento são fracas, achegar-me diretamente nessas almas poderia ser um drama. Porém quando ocorre o momento é assombroso. Os olhares são compenetrados e os movimentos misticos de bocas, membros e mãos são os mais parecidos. Quando algum diálogo acontece, pode-se ter a certeza que é um marco estridente na alma. Então sorrisos leves são altos. Olhares mansos são bravos. E após tal encontro de especies extintas, os lagos distantes estão esperando por estas. Então elas se vão e deixam um marco de inspiração em nós. E assim, suavemente, minha alma distante conhece e reconhece estas pessoas, dessa forma tão estranha logo me ponho onde estive e por lá ficarei, mas minhas memórias das quais guardo sobre aquilo que me cativou, são eternas.