Um dia no Prado

Meus pés deslizaram na terra e todos os meus problemas voaram com a brisa. Caminhando sozinha naquela tarde melancólica de domingo entre prados e sol encoberto.

As ervas subiam pelos pés como um cumprimento de velhas amigas. Esperando algo além do silêncio. Um ruido, um sussurro, um trovão. Nada. Nada realmente sonoro foi me agraciar.

Deslizando os pés pela grama fria, em pequenas briófitas verdes-musgo. Meu silêncio encontrou o descanso e toda a agitação parecia dissipar-se.

Algumas plantas herbáceas subiam e moviam-se com o vento tranquilo. Suspiravam através da terra rochosa formando ruídos estranhos. 

Um passo a frente, após isso os olhos se fecham. Meus sonhos azuis estão tão distantes.

Minhas emoções são serenas e minhas agitações são silenciosas. Sinto a luz que apalpa minha pele, como uma energia transcendente, a mesma luz que atravessa as folhas das árvores eleva meu espirito.



"O entardecer te ama melhor do que ninguém."