As maçãs douradas da Lua, as estrelas e eu.




É realmente muito lindo não é Calli, olhar todas essas estrelas que não se cansam de exalar seu brilho enebriante. Sentei-me devagar, sobre um amontoado de poeira e umidade causada pelos dias expostos daquela caixa que comporta a água. Decidi, que esta noite iria conversar com a terra e que a deixaria entrar sutilmente, causando sinapses emocionais no meu ego. Confesso que fiquei mais tempo do que eu previa e o tempo foi como um amigo noturno, levou embora aquelas nuvens violetas. E a lua estava lá!

Fechei os olhos, contando de dez até um, com pausas longas e respiração aconchegante, pernas cruzadas e mãos sobre joelhos, no fundo aquilo que se mesclava com minhas músicas de Oskar e Arvo, eram aqueles cantantes grilos do meu quintal. Uma bela sinfonia, ouso dizer. Mas Calli, pensei que nada ia escutar. Meu estado vibracional parecia recuar devido as pernas que correm sem parar na linha do sistema, e eu já estava quase que me preparando para dormir, meus olhos foram encobertos por uma leve camada do feitiço do sono e um vento gélido soprou sobre meu peito, e por um momento eu pude ouvir suas canções...

" Duas batidas de sinos suaves, 
Foi como pisar numa cama bem acolchoada.
Três melodias distintas como barulho de isopor.
Um cântico pleno de harpas.
 Senti-me como se anjos tocassem o meu dormir."

Ah, Calli. Se tu pudesses ver, como a lua foi me aparecer. Já era quase meia noite, faltavam apenas alguns minutos e meus olhos que ardiam, logo arregalaram-se com uma formosa dança espiral de algumas esferas de luz em formato de maçã, quase que tão perto da lua prateada. E aquelas maçãs eram como potes de ouro, haviam faíscas que me ofuscaram os olhos por alguns momentos e pude ver caminhos de flores por todos os lados que olhava. Ah, e as estrelas eram como grãos de areias diante do mar.

Salve a terra. As constelações e outros mais. Parar para tentar ouvir os efeitos sonoros da terra não é algo fácil. Muita coisa me distrai, muita coisa nos distrai. Minha atenção é como uma pena sobre areia em um dia de ventania, levada embora num piscar de olhos. E não imaginava que o planeta conversava assim com a gente, parece até canção de ninar é como o toque suave de algodão sobre a pele fria. E sobre aquelas maçãs douradas, Ah! Eu preciso lhe falar o que aconteceu quando os meus olhos novamente se fecharam. Três salves para Órion que guardou meus sorrisos.

ÁRIES, uma constelação do zodíaco.

Latin: Aries (a ram) Grego: Krios (a Ram) Arcadian: Argu (o homem contratado) Sumerian: LÚ.HUN.GÁ (o homem contratado)

Quanto tempo, diário.

Não quero estar aqui, e não sei para onde ir - Charles Bukowski


 




De tempos em tempos eu preciso ir, apenas ir. Se por alguma razão cósmica você me acompanha aqui neste pequeno diário, me perdoe por desaparecer e deixar este lugar parado e quieto demais. Confesso que minha quietude é sim algo que me define, porém não fico tanto tempo longe de casa, mas dessa vez eu tive que me adaptar a algumas mudanças desse sistema planetário.

Estive passeando por alguns planos atrais e notei que não tenho escrito lá. E o que é pior, nem lá, nem cá. Não tenho escrito em nenhum lugar e isso é uma 'quase morte'. Decidi ficar ausente da casa virtual pois minhas barreiras contra ela estavam mais fortes do que permanecer aqui e escrever coisas banais e sem um fundo de sentimento. Deixarei meus fragmentos secretos para os posts posteriores. Por enquanto vim aqui apenas reorganizar este lugar, varrer, aspirar e (i)lustrar esse cantinho pessoal.

Vamos mergulhar nossa alma em algumas inspirações um pouco, todos os dias. E sermos o que somos de verdade. Seremos como as estrelas do alto da montanha, que brilham mais que em qualquer lugar. Seremos flor de campo, azuladas e violetas. Seremos como baús secretos, guardando tesouros mágicos de uma vida carregada de calmaria.

Coisas que curam/parte dois:

1. Tomar água e pensamentos positivos
2. Olhar noite estrelada de Van Gogh
3. Meditar
4. Chuva