Memórias gélidas

Não vejo mais tantos os sorrisos sinceros e os abraços confortantes. Ninguém mais sai para colher flores ou observar as nuvens cortarem os céus... Ando tão solitária que parece que o planeta que habito tornou-se um um grande amontoado de caixas bagunçadas em um porão velho e mofado.

Sinto falta dos olhares misteriosos, das conversas sinceras além das redes sociais; toques, emoções, sensações, sinto falta da verdade... 

Hoje as pessoas caminham sem essência, ninguém mais quer ter uma roda de diálogos sobre a formação dos planetas sinceros, e os amigos realmente esticaram, cederam ao mundo conturbado que vivemos: esse sistema impróprio e escuro. Quem achar que é feliz caminhando sobre esta terra de horrores não pode ser normal.

" Olhe as pessoas mais de perto.
Vejas suas ações e emoções... 
Sinta a essência das pessoas
Como energias perdidas
À procura de um encontro real..."





Algumas inspirações

Deo, amo diversas formas de arte e as inspirações excêntricas, para mim não existe uma vida diária sem aspirar algum tipo de arte visual todos os dias. Devo afirmar que alguns tipos de arte são feitas para termos um aumento em nossos sentidos que nos fazem buscar histórias e criar histórias. Amo diversos movimentos artísticos e clássicos, mas hoje tenho alguns apreços por artistas pós-modernos que muitas vezes anônimos ao grande público, possuem mãos mágicas e detalhes grandes. Destaquei algumas imagens que fazem meus dias mais inspiradores, talvez gostem, apreciem. 

 Particularmente amo as texturas e me sinto em êxtase sempre que as vejo, minha linda inspiração.




Não sei como me expressar sobre Beda, sempre tento pintar coisas assim mas infelizmente acho até um insulto tentar fazer algo similar. 



Possui umas criações absurdamente excêntricas e surreais... tal como minha vida...



Também é meu favorito em criar coisas estranhas e bonitas, menos as aranhas é claro.




Takiyaje:
Nunca gostei de bonecas, mas estas sim ganharam meu coração.




" A pintura deve parecer uma coisa natural vista num grande espelho." 
Leonardo Da Vinci

Assim como tu e eu, este poema não existe...


Meu retrato é um luto diário
Meus espelhos são escondidos.
Quem vive de morrer, pouco se vive.
Nomeei estrelas em teu nome
E todos os dias posso te ver

Minha natureza é um fantasma
Com sorrisos tímidos
Tu és suficiente
Tu és sempre suficiente
Sobre o meu luto diário, tu és luz.

Não confio no destino para guiar
Nem em mim para me mostrar
Mas talvez temos uma chance com as estrelas
Tu és maior do que qualquer dor
Maior do que lágrimas nas estações

Eu despareci no fundo do mar
E continuei a nadar
E uma onda de mistério te trouxe à minha vista
Eu andei morrendo hoje e ontem também
E agora tu és razão por me deixar viver

Meu julgamento é como um tecido de cetim
É suave como o toque de algodão
De um sono intenso tu mostrou-me uma nova vida
Eu nem vou te escrever
Não preciso te mostrar o que já sabes
Apenas vá lendo devagar algo que não existe.

( ... Ainda )