Não sei o que fazer: sinto duas almas em mim....





Ela pegou alguns lençóis velhos brancos desgastados.
Colocou-os sobre a terra ainda úmida.
Sentou-se comeu algumas frutas.
Era noite em lua azul.
Todos ao redor em sua vizinhança já adormeciam;

Seus pés estavam frios e seus lábios tremiam.
Uma camada densa de frio cortante se aproximava.
Mas era dia de festejar.
Sobre seus lenços finos e suas pétalas de flores jogadas ao chão.
Fechou os olhos e mordeu uma maçã.

Estava sozinha e sozinha vivia
O ponteiro do relógio da cidade iam às 00:00
Era hora de regressar para as ruas solitárias da cidade
Uma raposa com sua calda vermelha transitava pelas ruas
Toda a claridade era azul e não se ouvia nada

Caminhava carregando e puxando pelas ruas seus lençóis
Ninguém poderia vê-la, a cidade caía em sono
Enquanto ela desperta vivia seus sonhos
Tudo era calmo e esquisito também
Solidão jamais solidão, não por obrigação.

Ao deparar-se com o soar do relógio na cidade
As patas que caminhavam gentilmente pelas ruas: Uma raposa
As portas em tons de barro todas fechadas com trancas
Nenhum jardim, nenhum sorriso noturno.
Ela decidiu regressar a mata, e por lá voltar a dormir...

Uma árvore, um carvalho e alguns lençóis velhos
Tornou sua casa naquele momento
E deitou seu corpo frágil abaixo dos reflexos da lua
E fechou os olhos e sorriu
Talvez este não seja um conto qualquer...