Coisas de mar, ilhas e tesouros.

– “Às vezes você se encontra em um caminho que você nunca esperou. O que não significa que não pode levá-lo a um lugar bonito.” Geillis Duncan – Outlander 


Passamos por caminhos tortos, machucados e espinhos fincam nas suas pernas que cansadas tentam se escorregar e deitar-se na primeira copa de árvore que enxerga, seus olhos lacrimejam de tanto fitar o sol em pleno deserto, e quando lhe falta o ar, eis que a noite cai e o frio noturno do Universo vem devagar para abrandar seus demônios, fechando os olhos e claramente se reerguendo novamente, sua força que hora se esquivou de ti, regressa com maior força. Somos frascos vazios que com um tempo nos enchemos de coisas boas ou não dependendo das nossas ações.


A teoria das ILHAS.

Estamos num imenso mar, e nele somos gotas milenares que atravessamos milhares de tempos, como uma larga produção de neurônios. O mar para onde olhares é o mesmo, as vezes muda de cor em alguns lugares, mas continua sendo o mesmo mar. Cuidando de nós para que nossa essência de gota não se misture ao mar escuro, vamos mantendo nossa essência e jamais tornar-se o mesmo como mesmos são. Ilhas magicas em diversos pontos deste mar, aguarda sua trajetória até elas, sua primeira ilha é de fato a mais bela e cheia de recursos que parecem infindáveis. Tu te encantarás na primeira visão, pois tu és uma gota primitiva se não explorar outras ilhas. Devemos ter em nossas consciências a vontade de se explorar internamente e a audácia e coragem de saltar pelas as outras pequenas ilhas. Toda ilha, grande ou pequena guarda segredos únicos para sua vida. Se a gota que antes era milenar, acomodar-se em estar em uma unica ilha por toda sua existência ela se torna uma simples gota primitiva sem a real essência do conhecer, depois que essas gotas se transformam, conhecendo as mais diversas ilhas pelo mar, quando um dia ela se regar da mais pura essência do existir, então ela poderá navegar pelas águas do mar com tranquilidade sem perigo de tornar apenas parte do todo. Somos universos únicos.







Um imenso mar
E um imenso deserto habita em mim
Longos oceanos cobertos de estrelas
Longas vidas cansadas e carregando bagagens que os outros não querem ouvir.

A história de nós.



Quando nasci, estavas mais vivo e sorridente, antes que eu pudesse enxergar suas lágrimas pela primeira vez, deitei-me sob o véu escuro do universo, senti-me caindo sob um abismo onde todas as cinzas passadas eram-me como meras lembranças e quimeras perdidas. Tu eras o sorriso mais bonito em toda a galaxia e tu estavas sempre lá de pé diante daquele horizonte Sol-Lunar. Eu podia avistar todas as cores do ventos e todas as danças sincronizadas da grama roxa que cheias de gelo brotavam abaixo dos meus pés; 

Eu estava congelando na escuridão do infinito, fazia um frio exagerado e uma voz eloquente era sempre em forma de sussurro noturno sob camadas e mais camadas de estrelas felizes e planetas honestos. Eu o ouvia sem antes de tudo saber em qual localização estavas, eu o ouvia sempre chamar, com suas lágrimas ácidas de uma vida de mágoas. Continuei em uma jornada por rumos jamais antes direcionadas. Perplexa diante de tantas maravilhas que o mundo tinha guardado para nós. Sozinha. Em uma jornada. 

Ouvi-te, e no dia de meu nascimento, tuas lágrimas findaram, meus pés tornaram-se firmes sob o berço da terra e jurei mostrar-te todo o meu mundo de galaxias infinitas. Quando vi seu primeiro sorriso, todo o abismo no qual eu caía de forma incessante, parou por ali. Companhia. Em uma nova jornada. Segurou-se bem forte na minha mão e juntos, fomos diante do horizonte no encontro da eternidade.

Benzingart - pyscodelic valentine


A primeira estrela cantar, você.

Noturnas - 02

Em nosso curso pela vida encontraremos pessoas que estão vindo nos encontrar, elas podem estar há quilômetros de distância além do mar, elas podem estar vindo por algo, ou por nada, apenas para cumprir certo destino.

Cartas são saudações com um fino domínio do idioma.

A principal alegria da vida tem sua principal fonte nas 'relações humanas', D'us nos fez seres para nos relacionar uns com os outros { homem, natureza, cosmo ) D'us os colocou tudo à nossa volta, Logo ele está em tudo. Em tudo o que podemos vivenciar. Quem vê ao pai, vê ao filho. Quem vê o homem enxerga o respirar do universo. As pessoas só precisam mudar o jeito de ver as coisas.

Quando tu perdoas, tu amas. E quando tu amas, é a luz de D'us que brilhe em ti.


Amo a noite como ninguém já ouviu falar, toda essa imensidão gritando lá fora requer minha atenção.
Abaixo, lua e estrelas saudão como servos
Iluminam minha face
Amaciam a minha pele
Levemente sinto o toque de suas mãos.
A luz prateada cobre todo chão cercado de poeira.
E eu não poderia estar em outro lugar, se não junto de ti.

Ondas sonoras
Ventos do Norte
Noite
Órion
Sírios
Além da camada que nos envolve
Além da placenta universal
Além do simples iluminar noturno
Guardo um segredo sonolento...


Noturnas - 01

Não posso tocar-te
Nem ver-te

Os dias são lentos e despejam sob nós esta glória de infinitas inspirações.
Estou esperando ansiosa pelos dias do Sol ingênuo e da Lua prateada gentil.
Seus dias estavam tão furiosos com sua falta de tempo e ausência de viver.
Andando sem norte e como um barco sem destino, onde o vento o sopra sem saber para onde vais.
Sem sentido é viver a caminhar sob uma terra seca e morta onde as criaturas esqueceram o amor.
Então sim, eu sinto muito pela minha inconstância e surtos cósmicos diários.
Mas a vida terrena como a maioria vive não é o maior sentido para mim, se cá eu voltei a escrever.
Foi para te(me) ver.
A tão preciosa inspiração.

1. Novo Lar.
2. Nunca o frio foi tão devastador.
3. Um novo amor.
4. Sentimentos arteiros
5. Diários infinitos.




O silêncio nunca é Eterno...

Não sei o que fazer: sinto duas almas em mim....





Ela pegou alguns lençóis velhos brancos desgastados.
Colocou-os sobre a terra ainda úmida.
Sentou-se comeu algumas frutas.
Era noite em lua azul.
Todos ao redor em sua vizinhança já adormeciam;

Seus pés estavam frios e seus lábios tremiam.
Uma camada densa de frio cortante se aproximava.
Mas era dia de festejar.
Sobre seus lenços finos e suas pétalas de flores jogadas ao chão.
Fechou os olhos e mordeu uma maçã.

Estava sozinha e sozinha vivia
O ponteiro do relógio da cidade iam às 00:00
Era hora de regressar para as ruas solitárias da cidade
Uma raposa com sua calda vermelha transitava pelas ruas
Toda a claridade era azul e não se ouvia nada

Caminhava carregando e puxando pelas ruas seus lençóis
Ninguém poderia vê-la, a cidade caía em sono
Enquanto ela desperta vivia seus sonhos
Tudo era calmo e esquisito também
Solidão jamais solidão, não por obrigação.

Ao deparar-se com o soar do relógio na cidade
As patas que caminhavam gentilmente pelas ruas: Uma raposa
As portas em tons de barro todas fechadas com trancas
Nenhum jardim, nenhum sorriso noturno.
Ela decidiu regressar a mata, e por lá voltar a dormir...

Uma árvore, um carvalho e alguns lençóis velhos
Tornou sua casa naquele momento
E deitou seu corpo frágil abaixo dos reflexos da lua
E fechou os olhos e sorriu
Talvez este não seja um conto qualquer...